24 de abril de 2010

Subi ao topo de nossas memórias, pés descalços, olhos apertados, tentando enxergar na distância o que estava próximo e ausente.
Antecipei palavras. Memorizei versos, antes de escrevê-los. Julguei teu gesto antes que a luz do movimento se acendesse. No escuro eu já te enxergava.
Somos réus de um passado com poucos ruídos. Mascarando evidências em caminhos
Tentando juntar lembranças a simulações. O que se recorda ao que será esquecido. Mas o esquecimento rejeita companhia.
Inútil
silenciar
o inevitável.
O silêncio é incapaz de mentir. Inútil desviar ao percorrer o caminho de volta. O lugar que abriga o passado não desiste da espera.
O que a conduta de teus olhos camufla, permanecerá, como uma montanha escondida atrás da sombra.
Inútil
Desconcertar quando se conhece a forma original.
O que nossos atos desconcertam, a natureza se ocupa em reparar.


Não existem falsas histórias de Amor.

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